quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ooops!... Mais um corte nas taxas de juro americanas...

... correspondem a mais uma pequena machadada nos ganhos do Fundo Petrolífero de Timor Leste.
De facto, depois de ter baixado a taxa de juro em 75 pontos percentuais (i.e, 0,75%, de 4,25% para 3,5%) há cerca de uma semana, a Reserva Federal americana, o banco central dos Estados Unidos, resolveu cortar a taxa de juro mais 0,5%, para 3%.
Isto significa que o Fundo Petrolífero de Timor Leste, que tem na sua carteira apenas títulos do Tesouro americano, vai passar a comprar títulos que rendem menos quando os que detem actualmente atingirem a sua maturidade e forem reembolsados. O que ainda vai levar algum tempo: por exemplo, e segundo o relatório anual do Fundo Petrolífero disponível no site do banco central do país (http://www.bancocentral.tl/), o Fundo detinha na data de referência do relatório (30 de Junho de 2006), títulos do Tesouro que, na sua maioria, recebem taxas de juro superiores aos actuais 3% porque foram emitidos quando as taxas de juro americanas eram mais altas.
Por exemplo, a 15 de Novembro deste ano (2008) será amortizado pelo Tesouro americano um empréstimo que paga uma taxa de 3,375%; a taxa mais alta paga é actualmente, de acordo com aquele relatório, de 4,875% para títulos que atingirão a sua maturidade (serão amortizados) em 30 de Abril de 2011, daqui a mais de três anos).
Isto é: o impacto da descida dos juros no rendimento do Fundo Petrolíefro vai começar a sentir-se desde já porque o novo dinheiro disponível será aplicado em títulos que rendem um juro (muito) mais baixo mas a verdade é que uma parte da carteira de títulos está neste momento a receber juros bem mais latos do que os actuais.
Por isso é que só mais dentro de um ano, por exemplo, é que a actual baixa dos juros começará a ter um impacto maior no rendimento do Fundo.

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