quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A queda das taxas de juro e o Fundo Petrolífero de Timor Leste

Pois é... A queda "vertiginosa" das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos vai fazer mossa no rendimento do Fundo Petrolífero.
Este, para além das receitas provenientes de impostos e royalties pagos pelas empresas que extraem o petróleo no Mar de Timor (Bayu-Undan), são essencialmente constituídos pelo valor do cupão pago (normalmente em cada semestre) pelos títulos do Tesouro americano que o FP detem.
Com a queda das taxas de juro os próximos títulos a adquirir terão taxas de cupão (taxas de juro)mais baixas e, por isso, o rendimento será, a médio prazo, mais baixo.
Entretanto, o preço de mercado dos títulos está a aumentar porque is que estão emitidos têm taxas de juro mais altas que as actuais, aumentando a sua procura (e preço). Isto só tem reflexo nas contas do Fundo por causa da metodologia (algo inapropriada ao tipo de gestão passiva do mesmo) utilizada na contabilização do mesmo. Na verdade, a contabilidade é feita como se se fossem vender os títulos no mercado no dia x, y ou z mas não é isso que se passa já que, dada a decisão de fazer uma gestão passiva e esperar pela data de amortização dos empréstimos, o valor que se irá receber pelos títulos é conhecido desde a sua emisão e corresponde ao seu valor facial e nem mais um cent...
Por isso, não embandeirem em arco quando, no próximo relatório, o valor (de mercado) dos títulos aumentar (algo) significativamente. Coisa de contabilistas...

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