segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Ó "engenhêro"! Então em que ficamos?
Em primeiro lugar, mesmo que estas quedas sejam reais (e são), tal não se deve a ele e por isso não tem de se armar em gabarolas por causa disso.
Mas há mais e mais grave. É que se as pessoas vão estar melhor num ano que se sabe já vai ser "negro" por causa da crise económica que anda por aí, então viva a crise!... O Governo fica proibido de fazer o que quer que seja para nos tirar o buraco em que outros nos meteram. Deixe-me mas é estar quietinho e, se possível, até ajude a prolongar a crise.
Daí que não deve dar "avais" a bancos coisíssima nenhuma, que não deve dar linhas de crédito às empresas, etc, etc, etc. "Esteja mas é quietinho porque senão leva no focinho".
E há ainda mais: depois não venha pedir-me mais dinheiro para os impostos para reduzir novamente o défice das contas públicas! Era o que faltava!... Um défice de 3% em 2009? E não pode ser de 6%? É que parece que "quanto pior melhor".
Engenhêros!...
domingo, 21 de dezembro de 2008
O "Dia Mundial da Paz" e o bloqueio a Cuba
Isto é absolutamente ridículo até porque totalmente ineficaz, como o demonstram os 46 anos passados! Mais, é mesmo contraproducente.
Numa época em que houve uma mudança de liderança nem Cuba, o presidente eleito dos Estados Unidos devia aproveitar o Dia Mundial da Paz, 1 de Janeiro próximo, para anunciar o seu desejo de terminar com o embargo e o início de uma nova fase no relacionamento com Cuba.
Essa deveria ser uma das suas primeiras medidas, senão a primeira, para demonstrar ao mundo que ele quer mesmo cortar com determinado passado da política externa americana.
Ói, gente!... Tou vivinho da silva!...
Interrompi-o ó para dar um "alô!" a quem esteja desse lado e para prometer que hei-de voltar, menos amiúde do que outrora, mas sempre com boa vontade! Nomeadamente de dar uma mordiscadela a quem a merecer...
E como estamos em época de Natal conto com a vossa compreensão e amizade. Que, aliás, foi como intitulei a foto junto: "Amizade"! É, não é?

E como hoje começou o Inverno (às 12h04m) aqui vai o retrato do rei sol quando abriu os olhos para o novo dia!

segunda-feira, 9 de junho de 2008
Com papas e bolos...
A primeira canela a morder é a do Manuel Alegre. O homem deve pensar que, porque escreveu um dos mais belos poemas da língua portuguesa e que se tornou um símbolo da luta contra o fascismo --- sim, claro que me refiro à Trova do vento que passa ---, toda a gente está disposta a "engolir" os seus pensamentos profundissíssimos ( :-) ) sobre política e, agora também, sobre a economia do país e, quiçá, do mundo.
Foi, de facto, com enorme tristeza que o vi "afundar-se" completamente nas suas últimas declarações na entrevista que deu à TV. Que pobreza de análise dos problemas. Parecia que estava no café da esquina conversando diletantemente com uns compinchas no meio de uma rodada de cafés. E tudo com aquele ar de grande intelectual e de ser "profundissíssimo" que ele sempre tem. Que pose!...
Mas quando se espera que "dê duas para a caixa" em termos de ir mais ao fundo das questões e apresentar soluções alternativas, "tá quieto ó mau!..." Nada! Não sai nada! Como podia sair se lá dentro não há nada?!...
Curioso é como "matéria atrai matéria"... Só assim se compreende a sua presença no comício levado a cabo, entre outros, pelo "Berloque de Esquerda"... É que estes são outros que tais!... Parecem uma coscuvilheiras: dizem mal de tudo e todos mas quando chega a hora de fazer propostas alternativas que se perceba serem minimamente exequíveis... zzzzzzzzzzz! Ouvem-se as moscas!
E é pena. Habituei-me (mal?) a ter alguma consideração intelectual e académica por dois dos principais expoentes do Bloco: Francisco Louçã e Fernando Rosas. Mas que desilusão política!... Principalmente o primeiro, de quem se esperaria mais à partida... Mas afinal tem apenas um "mamar doce"...
Propostas concretas que se adivinhem com pernas para a andar é coisa que nunca vi por aqueles lados! O deserto completo de ideias sobre muitos temas é confrangedor. É só maledicência e pouco mais: sugerir caminhos alternativos? Estudar bem os dossiers e explicar o fundo das questões? Dá muito trabalho e não rende votos. O que é necessário é dizer mal de tudo e de todos... Com a tranquilidade de quem sabe antecipadamente que nunca na vida o chamarão à responsabilidade pela execução de políticas porque nunca, mas nunquinha mesmo, se sentarão na cadeira do poder... Assim também eu... Nem vale a pena perder tempo a sugerir alternativas porque sabem à partida que nunca terão de responder por elas!
Finalmente, uma mordidela nos camionistas. Será que não percebem que se o problema é geral a vários países simultaneamente então é porque o problema não é dos país (do Governo...) A ou B mas sim, muito provavelmente, de um país/Governo C que veio a sugerir determinadas medidas de austeridade. Mais, muito provavelmente a causa é exterior aos intervenientes mais directos.
De facto, é isso que se passa... As políticas norte-americnas de baixar a taxa de juro e também os valores do USD levaram a que muitos dos operadores nos "mercados bolsistas" se virassem, face ao fraco rendimento dos "papéis", voltarem-se para os mercados de matérias primas (incluindo o petróleo) para nele especularem e, por arrastamento --- anda por aí muito dinheiro "à solta"... ---, provocarem o aumento significatido de preços.
Enquanto os agentes destes mercados não forem mais "domesticados" através de normas apropriadas (impossível) ou pelo jogo do mercado, a especulação e a subida dos preços vai continuar. Helas!...
Não há por aí quem explique isto aos motoristas? E do serve baixar hoje 5 cêntimos em litro se amanhã o preço vai subir para 1 euro ou mais? O estado terá de reduzir o imposto sobre o combustível de cada vez que haja subida do petróleo bruto? E se ele descer este imposto o Governo vai ou não ter de mexer noutros impostos? Claro que sim ... Resta saber quais.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Sobre o preço da "gasosa"...
Como estou farto de ouvir asneiras --- até a alguns políticos que são professores universitários e tinham, por isso, a obrigação de fazer o trabalho de casa bem feito (ouviste, Francisco?) ---, resolvi espreitar o que se passa noutras bandas para comparar o que por lá se passa com o que se passa entre nós.
E fui espreitar, até por facilidade de obtenção de informação estatística, nem mais nem menos que o preço da gasolina em... New York. Melhor: o que me interessa verdadeiramente não é o preço absoluto --- esse já se sabe que nos States é uma pechincha em relação a "nóis" --- mas sim a variação do preço desde o início do ano.
Esse valor deve ser comparado com o equivalente em Portugal e que anda, salvo erro, pelos cerca de 10%.
E o que descobri? Que em New York a gasolina aumentou, desde o início do ano, 25,5% ! Muito mais que cá!

Mais: o preço do petróleo bruto aumentou 37% (bolas!...) desde o início do ano até ao passado dia 26 de Maio, quando atingiu uma média de 131,59 USD/barril (no início do ano estava a 96 USD/barril).
Note-se que o custo do petróleo bruto não tem de se repercutir tostão-por-tostão no preço da gasolina porque o preço desta inclui uma larguíssima fatia de imposto e porque, mesmo antes de imposto (i.e., à porta da refinaria), o custo dela reflecte também outros custos (pessoal, etc) de produção. E isto para não falar dos custos de distribuição.
Moral da história: o melhor é não falarmos muito porque senão ainda aumentam ainda mais o preço da gasolina... Apesar de haver, aparentemente, ainda alguma margem para baixar a o preço da gasolina "à porta da fábrica"...
E então os impostos? Não se pode baixá-los? Poder pode, mas... E quais serão as consequências? Agravamento do défice fiscal que todos iremos pagar com a subida de outros impostos...
Mais: não acredito que, a não ser que essa descida seja realmente significativa, ela possa atingir valores que não virão a ser "comidos" 1 ou 2 meses depois pela continuação da subida dos preços internacionais do petróleo. E quando isso acontecer vão pedir o quê? Que continuem a baixar os impostos?
É... A coisa 'tá mesmo preta... Mas há culpados! Vejam, por exemplo, algumas explicações importantes em http://economia-tl.blogspot.com
Daí se deduz que os grandes culpados do que está a acontecer é o alargamento aos mercados das matérias primas (petróleo, alimentos, etc) do capitalismo financeiro que até recentemente estava algo limitado às bolsas de valores. Mas o melhor é lerem com os próprios olhos.
domingo, 25 de maio de 2008
25 de Maio: Dia de África! Felicidades!
Comemora-se hoje mais um "Dia de África". Infelizmente, porém, ele não traz nada de verdadeiramente novo quanto ao futuro do continente. E com a crise do preço dos alimentos que por aí vai "a coisa 'tá preta"...
Esperemos (esperamos todos os dias, não é verdade?) que as coisas melhorem mesmo no futuro próximo.
E enquanto houver sorrisos destes a confiança no futuro só pode ser grande!
sábado, 24 de maio de 2008
Ó pra eles!... E esta, hem?!...
Na versão em português:

E na página em inglês:

E agora? Fiquei sem saber qual é o Primeiro Ministro e o que anda fazendo... :-)
E esta, hem?!...
PS - O quê?!... Não é nenhum destes? Então quem é, bolas?!... Assim não me entendo!..
A verdade é que... (a propósito do terramoto na China)

A hora a que ocorreu no local (pouco depois do almoço) aumentou significativamente o número de vítimas. Mas muito provavelmente se tivesse sido durante a noite o resultado não seria muito diferente. Até poderia ser pior...
Porque o problema é que as autoridades chinesas têm sido completamente descuidadas quanto à construção de edifícios em zonas propícias à ocorrência de terramotos. E esta é uma delas, como se pode verificar no mapa abaixo. "Construção anti-sísmica? Hummmm!... Não conheço!...".

A qualidade da construção na China é, de uma forma geral, relativamente fraca. As próprias estruturas dos prédios parecem feitas com fósforos, tal a grossura (reduzidíssima) dos pilares usados.
Aliás, se se derem ao trabalho de ver com atenção as fotos que aparecem nos jornais poderão aperceber-se do que falo. A verdade é que, por responsabilidade das autoridades chinesas, tudo aquilo é completamente inadequado às características sísmicas da região. Por isso quando a terra tem um arrepio de frio um pouco maior, os prédios caem como baralhos de cartas empurrados por um leve sopro.
Temos, pois, que a intensidade do terramoto, embora muito forte (7,9 graus!), não justifica, só por si, os efeitos devastadores que teve, varrendo do mapa povoações inteiras. É que os prédios caíram mesmo como cartas! Indescritível!

Esperemos que os responsáveis chineses aprendam a lição e passem a tomar mais a sério a necessidade de adaptar o tipo de construção às características sísmicas do seu território. Caso contrário daqui a poucos anos teremos novo cataclismo no género e dimensão deste.
O pior é o que já está construido e que vai soterrar mais umas dezenas de milhares no próximo grande terramoto...
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Bem prega Frei Tomás!... Alguns elementos sobre a ajuda internacional da União Europeia (e de Portugal, claro)
Trata-se do documento No Time to Waste: European governments behind schedule on aid quantity and quality; o seu título diz logo ao aque vem já que pode ser traduzido, com alguma liberalidade, por "os governos europeus estão atrasados em relação ao programado quer na quantidade quer na qualidade da ajuda".
Quanto à quantidade, o gráfico abaixo ilustra a situação: tendo afixado para si próprios que a ajuda a conceder aos países em desenvolvimento seria de 0,51% do Rendimento Nacional em 2010 e 0,7% em 2015 --- data em que termina o prazo para alcançar os chamados "Objectivos do Milénio" pelos países em desenvolvimento ---, a verdade é que a situação é muito díspare entre os países. Se uns, os países nórdicos, já ultrapassaram hoje as metas fixadas (incluindo a mais alta), vários países estão muito abaixo do programado e será impossível alcançarem aquelas metas nas datas previstas. Portugal é um destes casos, com apenas 0,21% em 2006, valor que desceu para 0,19% em 2007 (clique nas imagens para as aumentar, sff).


Por outro lado e quanto ao futuro, o gráfico abaixo ilustra bem a evolução que se espera vir a acontecer. Como se pode verificar a tendência actual é vir a ficar-se muito aquém do prometido pelos países europeus.
Recorde-se que estes exercem grande pressão sobre os países em desenvolvimento para que adoptem e alcancem as metas fixadas para os 7 Objectivos do Milénio que devem prosseguir mas quanto ao único que é da sua própria responsabilidade... "moita, carrasco!...". Em vez dos 67 mil milhões de euros que deveriam ser gastos em 2010 as despesas de ajuda não deverão ultrpassar cerca de 42 mil milhões, menos de 2/3. Bem prega Frei Tomás!...

Finalmente, refira-se que o relatório faz também uma análise da cooperação externa de cada país europeu mais envolvido na ajuda ao desenvolvimento. Abaixo está a informação relativa a Portugal

terça-feira, 20 de maio de 2008
Posso pedir uma coisa?!...

segunda-feira, 19 de maio de 2008
Meu caro "Anónimo"...
Este é relativo ao comentário à 'entrada' anterior sobre "Mais olhos que barriga" que poderão ler mais abaixo.
O que está em causa são principalmente as afirmações finais do comentador e que aqui me permito recordar:
"Por favor, não critiquem à toa, mas façam-no de uma maneira construtiva. E nunca se esqueçam, que se Timor-Leste não ocupar o seu mar, outros o farão por ele.
Não é isso que querem, pois não? Ou é?"
Agradeço a forma delicada como o "anónimo" que subscreve o comentário coloca a questão e as informações que nos dá sobre a actividade das duas lanchas de fiscalização. Por aí se vê que se trata, muito provavelmente, de um "filho da Escola"...
Permito-me no entanto responder que mesmo quando sou um pouco mais "ácido" nos comentários procuro ser construtivo. Só que, provavelmente, temos concepções ligeiramente diferentes sobre o que isto significa.
Uma releitura do meu texto deixa bem claro que "[tem] de se equacionar a questão da existência de uma força naval (minimamente) "condigna"." Quanto a isto não podemos estar mais de acordo, sendo válidos todos os argumentos constantes do seu comentário. E nesse sentido não "enfio a carapuça" das suas duas últimas perguntas... :-)
O meu problema é o 'timing'... É que quando se deixa de ser realista para ir atrás da utopia (a referência é sua...) a utilidade do processo fica definitivamente comprometida. Além disso, por feitio e por formação (em que esta refinou aquele...), acho que não há como a verdade... Para quê colocar um horizonte de 2020 se se sabe que é... "utópico"? É inútil e, a médio prazo, perigoso pois as pessoas habituam-se a que os planos não sejam para cumprir... E quando não se cumpre o primeiro e o segundo fica logo estabelecida a "lei" de que o que se diz não se escreve e que o que se escreve não se faz. É este o grande perigo e pela minha parte recuso-me a aceitar esta filosofia do "deixa andar" e do "faz de conta". "O que merece a pena ser feito merece a pena ser bem feito". Não é?
Não seria mais útil (porque mais realista) "empurrar com a barriga" esse horizonte por, no mínimo dos mínimos, cerca de 20-25 anos atirando-o para cerca de 2040-2050? "Empurrá-lo" e assumi-lo, explicando-se porquê. Isto se estivermos a falar de ter operacionais todos os meios navais de que se fala tendo em conta o seu objectivo. Em 2040 ou 2050 convido-o para vermos onde se estará então...
Por essa data e tendo em consideração a vida útil dos poços de petróleo (cerca de 20-25 anos), corre-se, de facto, o risco de aquilo que se quer defender com os meios navais mais "pesados" de que se fala já estar esgotado ou em vias disso... Este aspecto foi acautelado?
Mais: considerando que as fronteiras marítimas de Timor Leste com a Austrália só serão definidas, por acordo entre as partes, lá para 2055, se houver, por exemplo, um ataque terrorista às plataformas petrolíferas --- é este o único e verdadeiro perigo, não é? É que não estou a ver a Austrália e Timor à chapada à volta das plataformas... --- quem as defende? Ou, melhor: quem as defende já sabemos (ou não sabemos? :-) ); o que quero saber é quem tem o dever jurídico de as defender? Isto está esclarecido nos acordos entre os dois países? Nunca ouvi falar de tal coisa. Mas isso deve ser falha minha, certamente.
E finalmente: a crítica, quando visa fazer "descer à terra" ou apontar um caminho que se julga mais correcto a alguns "utópicos" não é "à toa"; é até do que de mais construtivo se pode fazer... Não é? :-)
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Mais olhos que barriga...
Nele se refere que tal evolução, definida no famoso relatório "2020", prevê que
"A Força Naval Ligeira deve possuir uma capacidade de desencorajar qualquer acto de humilhação do Estado de Timor-Leste no mar, ou atentatório dos seus interesses vitais", lê-se no caderno estratégico.
O quarto vector dessa Força refere "navios combatentes (classe de fragatas e corvetas, incorporado com mísseis terra-terra e terra-ar)" e apoiada por um "núcleo de navios patrulha oceânicos, unidade de helicópteros de apoio e ataque, radares e sensores da última gama, Fuzileiros Navais e mergulhadores para contra-medidas de minas". "
Considerando que estamos a cerca de uma dúzia de anos daquela data --- o ano 2020 ---, parece-nos evidente que os autores do relatório tiveram "mais olhos que barriga" pois o país não estará em condições de cumprir as metas fixadas.
Para além da velha questão de ter de haver uma opção entre "manteiga" e "canhões" quando se trata de afectar recursos (financeiros) escassos --- que continuarão a sê-lo malgré os rendimentos do Fundo Petrolífero ---, há que pensar se há (se haverá na época) os recursos humanos necessários. É evidente que não. Uma "Marinha", mesmo que "de algibeira", não se cria "do pé para a mão"... Basta pensar no que foi a vida útil das duas lanchas de fiscalização actualmente disponíveis...
Mas isso não significa que não tenha de se equacionar a questão da existência de uma força naval (minimamente) "condigna". Claro que sim mas o melhor é ir "empurrando com a barriga" o horizonte temporal...
Nesse sentido o relatório deveria chamar-se "2120" em vez de "2020"? Também não é preciso exagerar, né?!... Mas... e que tal se fosse "20-e-'picos'"? Pois... O problema é saber quantos "picos"... 40? 50? 60? 70? Huuummmm.... O pior (?) é que nessa altura (ou lá perto...) é capaz de já não haver (quase) nada para defender no Mar de Timor (no "taci mane", o que tem petróleo) ...
PS - A actual componente naval das F-FDTL integra, como se sabe, apenas duas pequenas lanchas de fiscalização cedidas por Portugal em 2002 (a "Oecussi" e a "Ataúro", cujas madrinhas são Ana Pessoa e Fernanda Borges) e que têm sido muitíssimo pouco utilizadas. Estiveram "em fabricos" (reparação) na Indonésia (financiamento português) até há pouco tempo depois de terem sido muito danificadas já em Timor, nomeadamente aquando do pequeno 'tsunami' que aí se verificou há poucos anos.
Veja também informações (limitadas) sobre o que são fragatas e corvetas (exemplo: as fragatas MEKO da "classe Vasco da Gama" da Marinha Portuguesa) e navios de patrulha oceânicos.
Marinheiro de água doce...
Pois por causa disso mesmo dei comigo há dias espreitando alguns dos muitos navios de cruzeiro que nesta época do ano passam por Lisboa. Maio é, normalmente, o mês de melhor "colheita"...
Para ilustrar do que falo aí vão três exemplares.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Que confusão de narizes!...
"I have three priorities for the next two years: first, the reorganization of the police force and Army. Second, serious efforts to alleviate poverty with cash for the most vulnerable, like old people and veterans. They should get 100 US dollars monthly. Third, to invest in infrastructure projects that create a lot of jobs."
[Eu tenho três prioridades para os próximos dois anos: primeiro, a reorganização da Polícia e do Exército; segundo, esforços sérios para reduzir a pobreza com transferências em dinheiro para os mais vulneráveis, como os idosos e os veteranos. Eles devem receber 100 USD/mês. Terceiro, investir em projectos de infraestruturas que criem muitos empregos]
Mas... isto não é um programa de Governo?!... Afinal eu perdi alguma coisa no "filme" da História? O eu sonhei e VEXA não foi eleito Presidente da República em 2007 e continua a ser Primeiro-Ministro?
E como vai implementar este seu "programa de Governo"? Já está preparando o Orçamento para apresentar ao Parlamento a fim de ele o aprovar (ou não)? E as leis: já estão a ser

E foi por acaso que se esqueceu daquilo que é, de facto, função primordial de um Presidente da República --- cumprir e fazer cumprir a Lei, nomeadamente a Constituição, no quadro da consolidação e funcionamento regular de um Estado de Direito? Ou esqueceu-se de propósito? E se isso não faz parte das suas prioridades, faz parte das prioridades de quem?
Que confusão de narizes!...
"A voz" calou-se há 10 anos!

Parece que foi ontem... Ou, melhor, parece que não aconteceu! Mas foi já há 10 anos, dia por dia (14 de Maio de 1998), que Frank "The voice" Sinatra morreu. Quantos quarentões, cinquentões e mais "ões" não começaram a constituir família ao som das suas canções?!... "Cheek to cheek"... :-)
Recorde aqui e aqui aquela que muitos consideram ser a melhor voz de todos os tempos. Masculina, pelo menos. Porque quanto a feminina ninguém me tira a Gracinha... Também conhecida por Gal Costa!...
terça-feira, 13 de maio de 2008
Subida dos preços dos alimentos e políticas governamentais
As intervenções governamentais podem ser de três tipos principais:
a) assegurar às famílias o acesso ao mínimo necessário de alimentos a custo que elas possam suportar;
b) fazer baixar os preços praticados no mercado interno através de medidas de curto prazo, incluindo de natureza administrativa;
c) fazer aumentar, a médio-longo prazo, a produção interna de alimentos.
De entre as medidas do primeiro tipo destaca-se a transferência de dinheiro para grupos sociais mais vulneráveis (nomeadamente os de mais baixos rendimentos e/ou os residentes em zonas especialmente desfavorecidas) que lhes permita continuar a comprar as quantidades necessárias de alimentos. Estas transferências em dinheiro devem ser feitas, de preferência e sempre que possível, mediante a prestação de contrapartidas pelos beneficiários tais como o envio dos filhos para a escola (o suplemento alimentar pode dirigir-se especialmente a estas crianças, obrigando as famílias a enviá-las para a escola --- o que permite ‘aliviar’ a pressão de compra de alimentos pela família) e a participação em esquemas de “alimentos contra trabalho”, particularmente em benefício da comunidade (ex: manutenção de escolas, reparação de estradas rurais, etc), esquemas estes que poderão ou não serem mediados por pagamentos em dinheiro já que se sabe que a este nível de rendimentos a maior parte destes são utilizados na compra de alimentos.
Exemplo de medidas do segundo tipo é a redução (temporária) de direitos alfandegários nas compras de bens alimentares importados sob condição de esta redução dos impostos se reflectir, de facto, no preço final, não sendo “apropriada” pelos importadores e restante circuito comercial.
Incluem-se também neste grupo de medidas a definição de subsídios a conceder que possam contribuir para baixar os preços mas tais subsídios devem beneficiar apenas e só os grupos sociais mais desfavorecidos e não a generalidade dos consumidores. A distribuição directa de cereais pode incluir-se neste grupo de medidas e, tal como referido, deve beneficiar apenas os grupos de mais baixos rendimentos, não devendo ser generalizada aos que têm maior capacidade financeira para suportarem a subida dos preços. Naturalmente, pressupõe-se que em todos os casos há que reduzir ao mínimo possível os níveis de pequena/grande corrupção que tende a surgir associada à intervenção do Estado e seus agentes na concessão de subsídios e/ou de alimentos.
Finalmente, a fim de facilitar o aumento da produção interna de alimentos (que permitirá melhorar a satisfação da procura e reduzir a dependência da sua importação) deve-se limitar ao mínimo a intervenção sobre os preços de mercado pois uma subida destes pode ser uma “benção do céu” ao remunerar melhor os agricultores nacionais, incentivando-os a produzir mais. Por exemplo, no caso do arroz nacional em Timor-Leste, a subida dos preços do arroz importado pode não só ajudar ao escoamento da produção de arroz nacional, tradicionalmente mais caro que o nacional, mas também incentivar o aumento da produção para além dos níveis actuais, nomeadamente através do uso de alguns químicos que permitam aumentar a produção e da prática, onde possível, de duas sementeiras/colheitas no mesmo ano agrícola.
O melhor é irem pondo as barbas de molho...
É isso, pelo menos, que concluíu o Banco Mundial num estudo recente sobre o funcionamento dos mercados de bens alimentares. Voltaremos a este estudo mais tarde. Por agora fiquem-se apenas com as previsões para a evolução do preço do arroz (verdadeiramente do índice de base 2004=100) para os anos até 2015, isto é, a curto e a médio prazo (clique no gráfico para o aumentar).

Depois, lá mais para 2015, o preço será um pouco mais baixo. Mas uma coisa é certa: quer em relação ao arroz quer em relação a outros cereais a tendência vai ser para se manterem, de agora em diante, preços bem mais altos do que estavamos habituados. Preparem-se! Nomeadamente os países em desenvolvimento importadores de alimentos. Onde irão eles buscar dinheiro para pagar a fatura? Que, recorde-se, é a juntar à do petróleo.
É!... A coisa não 'tá fácil, não!
domingo, 11 de maio de 2008
(Des)emprego jovem na Ásia em desenvolvimento

Não se antevendo fácil a absorção no curto-médio prazo de um número tão elevado de desempregados devido às limitadas capacidades de expansão do emprego produtivo, o Banco aconselha a que, como forma de preparar os jovens para o futuro, se aposte numa política de melhoria dos curricula das escolas (a todos os níveis de ensino) que permita um aumento significativo da qualidade do ensino e contribua para uma maior aproximação entre o ensino e as necessidades da produção através, nomeadamente, do desenvolvimento do ensino mais prático, de formação profissional.
Simultaneamente é aconselhável que, sempre que possível, se concedam apoios aos que saem do sistema de ensino melhor preparados para iniciarem uma actividade profissional por conta própria.
A isto permitimo-nos adicionar uma outra vertente em que esta melhoria (significativa!) da qualidade de ensino pode ser útil: é que, face à dificuldade de criar empregos no país, há que encarar de frente a possibilidade de adoptar uma política de emigração dos cidadãos nacionais. E quanto melhor for a sua formação melhor será a possibilidade de encontrarem um emprego remunerado noutro país beneficiando o seu próprio através da remessa de fundos para apoio às famílias e algum investimento. O que não falta no mundo são exemplos de países que acabaram por adoptar uma estratégia destas... Não é verdade, Cabo Verde?!...
sábado, 10 de maio de 2008
'Sebum' indonésio em pele timorense...
Mas afinal do que estou para aqui a falar.
O "sebum" é aquela gordura (sebo) que, nomeadamente quando a sua segregação é maior que o usual, acaba por tornar a pele algo oleosa e com um cheiro não muito agradável... Além disso parece que por mais que se lave a pele o seu cheiro nunca sai ou, quando sai, "arrepende-se" depressa e volta a "espreitar"... É por isso que, principalmente as senhoras, gostam de terminar a aplicação de um perfume com umas gotas atrás das orelhas... :-)
Vem isto a propósito de uma "tese" que venho defendendo há muito tempo: a de que a pior (ou, pelo menos, uma das piores...) herança(s) que os indonésios deixaram em Timor Leste foi a da sua forma de pensar e actuar perante vários assuntos e que acabou por se impregnar na "pele " dos timorenses, levando-os a adoptar comportamentos ou "soluções" do tipo "indonésio" e que aprenderam com os seus "mestres" de quase um quarto de século.
Dois exemplos do que digo ao nível das políticas (mais ou menos...) económicas.
O primeiro refere-se à maneira de "resolver" o problema do (des)emprego. É sabido que os indonésios se defrontaram em Timor Leste (o "seu" Tim-Tim") com um grave problema de desemprego e de uma enorme dificuldade em criar empregos "modernos", minimamente produtivos. A "solução" foi criar uma "Função Pública" hiper-dimensionada em relação às necessidades de administração normal da "província" com a consequência de a produtividade de muitos funcionários ser relativamente baixa --- mesmo bom para "ter a unha comprida"... Era o "custo" de manter os timorenses algo dependentes --- e nesse sentido "solidários" --- com a ocupação indonésia de Timor Leste.
Ora parece que no Timor Leste independente se "recuperou" rapidamente a "receita" indonésia para ajudar a fazer face ao problema da crónica dificuldade em gerar empregos produtivos no país. É assim que hoje em dia, passados quase dez anos do fim da administração indonésia, se está, neste domínio, no ponto em que os ex-ocupantes o deixaram: com um número de funcionários públicos que se aproxima bastante dos que existiam antigamente --- e, no caso de muuuuiiiitos deles, com uma produtividade igualmente muito baixa.
E o pior é que o incentivo e a perspectiva de que haja uma reversão da situação é menos que pouca ou nenhuma... Pois se o Fundo Petrolífero parece ser um saco sem fundo e tem cada vez mais dinheiro...
Segunda manifestação do "sebum" indonésio: o "dedinho ligeiro" para se adoptarem "soluções" que passam por intervenções do Estado no funcionamento da economia e da sociedade através da interferência na formação dos preços no mercado e a através da concessão de subsídios, prática useira e vezeira dos indonésios no tempo da sua administração de Timor --- sim, porque hoje já se deixaram disso na grande maioria dos casos...
Estes são apenas dois exemplos do "sarro" que os indonésios deixaram na "pele" (na verdade não foi na pele mas na cabeça...) dos timorenses ou, pelo menos, de uma grande maioria deles.
É curioso também verificar-se, neste domínio, uma certa "divisão de classes" entre os timorenses. Os "do interior" --- que viveram a maior parte do tempo da ocupação indonésia em Timor Leste --- têm, como é natural, uma tendência maior em "refugiarem-se" nas "soluções" indonésias (até porque elas corresponderam à única "experiência de vida" que tiveram...). Outros, os "estrangeirados" que regressaram a Timor depois de 1999 dos seus exílios no exterior, têm menor tendência a serem influenciados por tais "soluções" --- note-se que não é por acaso que uso sempre aspas na palavra...
Em certo sentido e apesar de o actual governo ter vários "estrangeirados", a (pelo menos aparente) facilidade com que ele vai procurar "soluções" ao manual indonésio por onde "estudaram" (na escola da vida) muitas das suas principais figuras revela bem a natureza da experiência por elas vivida. Há que reconhecer que no governo anterior o recurso a este tipo de "soluções" não era tão evidente ou, se quisermos, tão imediato.
Neste sentido, parece até que a História de Timor nos anos pós-2002 pode ser vista, num dos seus prismas, pelo do confronto entre "estrangeirados" e "do interior". Não é a primeira vez na História do Mundo que tal acontece e não terá sido também a última.
Enfim, creio que nestes domínios muita coisa deveria mudar. Mas qualquer mudança tem de começar pela das cabeças. Pelo menos do seu interior... Dos parafusos? Das porcas? Do "passo" de uns e de outras e do apertar para a esquerda ou para a direita? Não sei. Mas que alguma coisa tem de mudar, tem...
PS - lembram-se da famosa declaração de XG de apreço pela obra (económica, pelo menos) de Suharto aquando da morte deste? Pois é "filha" do tal "sebum" indonésio que se agarrou como lapa à "pele" de muitos timorenses --- incluindo os seus "chefes". É, salvo as devidas proporções e com todo o respeito pelos milhares e milhares de mortos, uma manifestação de um outro comportamento que se nota também em muita gente: a de que, em parte, até nem se importavam de serem "indonésios sem os TNI"...
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Retiro espiritual em Ataúro para ajudar a resolver as questiúnculas entre os líderes timorenses?
É uma sugestão de cristão... Tal pai, tal filho... Mas infelizmente não me parece que dê resultado. Se não perdoaram até agora não vejo porque o hão-de fazer nesta ocasião...
Mas a viagem a Ataúro pode ser útil... se for só com bilhete de ida... :-) Para todos!... E aproveitam e ficam todos a plantar abóboras e/ou a pescar para "exportarem" para Dili...
Entretanto o poder é entregue à segunda geração, a que não tem os ódios gerados no passado... E de preferência para criarem um governo de perfil mais técnico que político... É que nessa geração há quem tenha perfil para formar um governo com estas características e que servirá, nomeadamente, para baixar as tensões sociais e políticas entre os vários grupos da sociedade timorense.
Não será difícil formar tal governo: afinal trata-se de governar uma população de um concelho de uma cidade de média dimensão em qualquer parte do mundo... Só com uma especificidade: na cidade há uma zona de hortas (com minúscula!...) maior que o usual nas cidades e por isso mesmo a precisar de tratamento (muito) especial.
Até já tenho o governo para a "Câmara Municipal"... :-)
Presidente da Câmara: BN (tem funções executivas muito limitadas; serve principalmente para "pôr ordem no galinheiro", unir os munícipes em torno de um projecto de futuro e convencê-los a não andarem à chapada uns com os outros sob risco de serem condenados ao inferno por Maromak e não deixar "gamar" o dinheiro público sob risco de serem queimados vivos pelas fogueiras da Inquisição)
Secretário Geral e chefe dos serviços (o verdadeiro "manda-chuva"): RA
Adjunto do Secretário-Geral e "pau-para-toda-a-obra": NA
Chefe dos Serviços de Economia: RG
[Adjunto do anterior e chefe da contabilidade (para quê um Ministro das Finanças?)]: HC
Chefe dos serviços das relações com os malais: LH
Chefe dos serviços de saúde (em acumulação; interinamente): RA
Chefe dos serviços de horticultura (em acumulação): RG
Chefe dos serviços de obras por fazer: o "Sr. Engº" (sei mas não me lembro do nome...)
Chefe dos serviços sociais e parecidos: MD
Chefe dos serviços de educação: BC
Chefe dos serviços de oposição (convém ter uma oposição, né?!...): JS
Chefe dos serviços de contencioso e ofícios correlativos: IF
Aposto que seria um sucesso!... :-) Querem experimentar?
PS - Desculpem, ataúros, por terem de ficar a aturar essa malta toda! Ganharão o céu!
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Post scriptum...
Ai esta apetência monárquica, herdada dos liurais, que os timorenses têm!... E o que estranho é que a FRETILIN também as tenha. Ai aliança a quanto obrigas!...
É que, ainda por cima, se em relação a um se pode aceitar o "cognome" de "Proclamador" em relação ao outro chamar-lhe "Restaurador" é quase ofensivo para a "arraia" miúda", que sofreu as passas do Ramelau (do Algarve é que não são, né?!...) para se ver livre dos indonésios.
Quem restaurou a independência --- se de restauração se pode falar... --- foi o povo timorense e não uma pessoa sózinha, mesmo que ela tenha andado no mato tantos anos como Lu'Olo!
Se não tivessem a mania dos cognomes não tinham o problema de o "baptizar"!...
Mas já que o queriam fazer que tal "Re-proclamador", "Proclamador 2", "Repetente", "Proclamador 2002", "Proclamador, edição revista mas não aumentada", "Proclamador V2" (não! Não é a bomba dos nazis mas sim de 'versão 2'), "Proclamador fumegante" (ele fuma que se farta...), etc, etc, etc.
Benza-os Deus!...

"Que Ele vos perdoe a m___a que têm andado a fazer! Taparam-me a cara para eu não ver, foi?!... Tirem-me esta coisa da cara, bolas!... Não vêm que eu não consigo porque numa mão tenho o báculo e o outro braço 'tá paralisado com artrite por causa do ar do mar?!..."
(João Paulo II dixit...)
PS - obrigado pela foto, RL. (estátua de João Paulo II em Tacitolu, Dili; tem cerca de 3 m de altura)
sábado, 3 de maio de 2008
Abertura do Museu do Oriente, da Fundação Oriente


sexta-feira, 2 de maio de 2008
E além disso o que mais negociaram?

Sabemos agora que em Março houve acordo entre vários representantes do poder instituido em Timor Leste e SEXA o Sr. Salsicha --- bolas! Engano-me sempre! Salsinha!
Sabemos também, agora, que na audição pelo juiz do processo Salsinha entrou mudo e saiu calado. Só não sabemos é se isto também faz parte do acordo. Fará? Engana-me que eu gosto...
Salsinha, o basófias?
"No mês de Março, cheguei a acordo com o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, e com o presidente da República interino, Fernando 'La Sama' de Araújo, para me entregar quando o presidente José Ramos-Horta chegasse da Austrália".
Ai sim?!... Então o que é que o pessoal envolvido na operação "Halibur" (paletes de gente!) andou a fazer? Simplesmente a ver passar o tempo e a cobrar as ajudas de custo? Não!... Não acredito!...
Alguém pode "expilicar"? Mas bem explicadinho, tá?!...
Ou o homem é simplesmente "Salsinha, o basófias"?
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Há pontes e ponteeeeeees!...
De facto foi inaugurada hoje a ponte (a pooonteeee) que liga Xangai ao porto de Ningbo através do estuário do Rio Yantze. Coisinha para 32 kms!...


Mas eles não se ficam por aqui. Em Março passado foi finalmente aprovada a construção de uma ponte, um niquinho de nada mais pequena que a anterior (29,6 kms), que vai ligar as duas margens do Rio das Pérolas, entre Hong Kong e Zhuhai-Macau. Orçamento? 5 mil milhões de euros, mil milhões de "contos". Aí, valentes!... Depois de construída a distância terrestre entre HK e Macau passa de cerca de 3h-2h30m para... menos de meia hora! Isto é: "vou ali (aos casinos de Macau, claro...) e já volto".


Uma curiosidade do desenho desta ponte é o facto de, em parte do seu percurso, ela ser "mergulhada" para passar num túnel debaixo de água de modo a permitir a passagem de navios de maior calado e altura. Uma solução que alguns pensam que poderia/deveria ser adoptada na nova travessia ferro-rodoviária do Tejo.
A nova ponte será mais um elemento para dinamizar a economia de toda a região mais próxima de Macau e Zhuhai. Esperemos que isso ajude os nossos amigos de Ou Mun (o nome chinês de Macau e que não é a tradução, para chinês, de "Macau").
Um dia destes voltamos a falar deste já que andam a acontecer umas coisas giras lá para aqueles lados...
quarta-feira, 30 de abril de 2008
E a batata? Vão plantar batatas!...
Para além das suas características alimentares há uma justificação importante para esta ênfase no tubérculo que faz a felicidade de muita gente (os "tugas" são os 10º consumidores per capita...): a de que se trata de um bem alimentar largamente difundido no mundo, pouco exigente quanto às condições para o seu cultivo e, principalmente, muito pouco transaccionado internacionalmente. Isto significa que o seu preço não está sujeito às oscilações que costumam acompanhar os preços dos bens objecto de comércio internacional. O que para os tempos que vão correndo é uma vantagem muito importante.
Vão plantar batatas!...

Arroz, milho e política alimentar em Timor Leste
Hoje surgem notícias sobre medidas que o Governo estará a estudar para tentar fazer face à crise de abstecimento e de preços que já está instalada e que se prevê venha a agravar-se ainda mais no futuro.
A Indonésia, ao mesmo tempo que através de várias medidas acelerava o passo da urbanização de Timor, incentivou a alteração do tipo de alimentação: "milho", o cereal mais produzido e consumido nas montanhas do país era sinónimo de "rural", "atrasado", enquanto que "arroz" --- produzido em Timor ou importado de outras províncias da Indonésia, era sinónimo de "urbano", de "moderno". O resultado está à vista: hoje em dia nas montanhas continua a consumir-se milho --- mas o arroz está muito presente --- mas nas cidades quase só se consome arroz, nomeadamente importado (bem mais barato e fácil de comercializar que o arroz timorense).
A disponibilidade de recursos financeiros proporcionada pelo dinheiro do petróleo e uma mais que demonstrada apetência pelo uso (e abuso) de concessão de subsídios (afinal uma política económica que faz parte do imaginário de governantes e governados e herdada da Indonésia) pode levar o Governo a optar pela solução fácil de se substituir ao mercado comprando arroz no mercado internacional e vendê-lo no mercado a preço subsidiado. Pelo menos um saquito de 30 kgs por família/mês...
Mais difícil mas certamente mais indicado seria, como sugerido por Ângela Carrascalão na 'entrada' do seu blog , uma política de reintrodução do milho na alimentação das cidades. Tal qual ou sob várias formas derivadas, nomeadamente sob a forma de pão... De preferência com umas rodelinhas de chourição...
Até porque a anunciada política de incentivo à produção interna de arroz só resultará se for possível apostar em técnicas mais produtivas, nomeadamente através da utilização de fertilizantes. Ora é exactamente o encarecimento dos factores de produção (feritilzantes, energia) que está, em parte, a ser o responsável por uma certa insuficiência da oferta de arroz no mercado internacional que tem levado ao aumento do seu preço.
Além disso, com o preço do arroz nacional bem acima do do importado, quem lhe vai pegar?
O melhor mesmo é o pãozinho de milho com chourição... e outras "delikatessen" à base de milho.
Ó Ângela: porque não dá uma de Maria de Lourdes Modesto e vai à televisão fazer uns pratos à base de milho?!... Topa? :-)
E, já agora, não se fique por aí: alargue o âmbito do programa e ajude a, com recursos do país, melhorar a dieta alimentar dos seus patrícios. Eles precisam tanto... E têm tanta coisa boa que pode ser melhor aproveitada! Seria um dos melhores serviços públicos que poderia fazer. VEXA ou outrém, não sou esquisito...
Estou convencido que a Fundação Oriente dava uma ajuda... Nem que seja disponibilizando a cozinha do Hotel Timor. Mas não só. Porque não publicar uma rubrica de culinária nos jornais diários? Já me lambo...
terça-feira, 29 de abril de 2008
Passe a publicidade...

Uf! Até qu'enfim: ovos com salsichas!...
Esperemos que seja desta que Timor começa a encontrar o seu rumo.
O pior é que cada vez mais estou como São Tomé...
De quaquer forma, "Força, Timor Leste!..." 'tamos torcendo!...
PS - alguém me pode explicar para que serviu aquela "cena" da recepção no Palácio do Governo com o Primeiro Ministro em exercício (o vice) e, depois, o PR? Desta vez quem levou o cházinho e as bolachinas? Foi por conta da casa? E foi para não estar presente nesta cena que Mr. X se "baldou" para a Indonésia? Talvez...
domingo, 27 de abril de 2008
A arte do Islão
Trata-se, na verdade, de uma parte da colecção do futuro Museu Aga Khan, em Toronto (Canadá) que cobre várias formas de arte "árabe", da Turquia ao Irão e à Índia dos Mogóis (não me enganei; é "mogóis" mesmo e não "mongóis").
Não deixem de, se possível, a visitar (preparem 4€ por pessoa... E aproveite o bilhete para ver o Museu Gulbenkian propriamente dito e que é muito bom).
Numa época em que o Islão é falado, no "mundo ocidental e cristão", por razões que não são necessariamente as melhores, é bom ver esta pedrada no charco na procura de um entendimento entre os povos pela via da sua arte e cultura. Eis o caminho...
Pela minha parte, fico sempre completamente "babado" ao ver as iluminuras dos livros produzidos pelos artistas árabes. Querem ver porquê? Então vejam e digam se tenho ou não razão?




sexta-feira, 25 de abril de 2008
Onde estava você no "25 de Abril"?
Como calculam, nos dias a seguir à Revolução dos Cravos (parabéns, menina! Obrigado Salgueiro Maia!) não tínhamos mãos a medir: haver um serviço que se chamava "de Informação Pública das Forças Armadas" parecia uma bênção para toda a gente que queria saber coisas... Como se nós soubessemos... :-)
Mas depois é que foram elas: as Forças Armadas passaram, de repente, a ser o "ai Jesus" de todo um povo e tinham que ter solução para tudo. Foram uns tempos "heróicos": coube-me pessoalmente de tudo um pouco. Fui conselheiro matrimonial, participei numa ou noutra reunião em empresas para tentar pôr água na fervura nas relações entre patrões e empregados, fui conselheiro de pessoas que queriam saber se as FA as deixavam ocupar casas, dei palpites em questões de acesso a águas em terreolas de Trás-os-Montes, dei entrevistas a jornais estrangeiros e, para fazer de uma história longa uma historieta curta, conversei com exilados políticos que eram refractários ao serviço militar ( "à guerra") sobre as perspectivas para o seu regresso a Portugal sem terem de ir parar com os costados à "tropa".
Recordo particularmente de um deles, exilado na Argélia. Mais ou menos em representação de outros que também lá estavam veio a Portugal logo no início de Maio de 74 para tentar "tirar nabos da púcara" quanto ao tratamento que as FA lhes reservavam se regressassem a Portugal para participar no esforço de reorganização do país.
AB (as iniciais do seu nome) esteve um bom bocado de tempo procurando descortinar resposta firme para uma coisa em que ninguém tinha ainda pensado, preocupados que estávamos (colectivamente) com outras coisas bem mais urgentes. Sem garantir nada, lá lhe fui dizendo que uma solução para o caso não seria tomada nos próximos meses, certamente, mas que toda a "lógica" do processo ia no sentido de os deixar regressar sem obrigar ninguém ao cumprimento do serviço militar --- ainda por cima no caso de gente, como era o caso dele, com mais de 35 anos e com formação académica superior. Desses tínhamos cá muitos...
Depois de uma cavaqueira de cerca de uma hora lá se convenceu que o melhor era "esperar para ver em que paravam as modas" e adiar uns meses o regresso.
Depois disto, qual não foi o meu espanto quando, em Outubro seguinte, numa reunião de trabalho dei de caras com ele. Fiquei eu tão espantado quanto ele e passados os primeiros momentos perguntei-lhe se tinha regressado definitivamente --- pergunta tonta no contexto em que foi feita: o de uma reunião de trabalho. Respondeu-me que sim e depois explicou-me que eu tinha desempenhado um papel fundamental na sua decisão não tanto pela conversa que tinhamos tido mas por um outro facto de que nem me tinha apercebido.
É que na altura e por necessidades profissionais eu andava a ler "O Capital" --- sim, esse, o do Carlinhos Marx...
Ora, depois da conversa com ele eu tinha ido ao meu gabinete buscar o livro para me ir embora e desci no elevador com o dito exilado e o livro na mão. Foi aí, disse-me ele, que decidiu regressar pois pensou para os seus botões: "O que é isto?!... Um oficial da Armada a ler "O Capital" ?!... Este país mudou mesmo e esta gente não tem nada a ver com os 'tropas' de antigamente. Vou mas é à Argélia buscar a trouxa e regresso a Portugal". E assim fez...
E esta, hem?!...
Presa por ter cão, presa por não ter...
Se bem me lembro, há alguns meses atrás atiraram-se a ela como gato a bofe acusando-a de fazer escutas telefónicas, ao que ela retorquiu que não as faz porque nem tem aparelhagem para isso. Bendita falta de equipamento, que a salvou de uma enrascada...
Agora, pelo contrário, o Procurador Geral da República vem-se queixar de que a TT "dificultou" a investigação sobre os atentados (ou um atentado e um inventado? A ver vamos) de 11 de Fevereiro:
«A companhia Timor Telecom não tem um sistema favorável e assim o PGR não consegue detectar os contactos telefónicos dos criminosos. Portanto a Timor Telecom dificultou os serviços do PGR» [ênfase nossa]
Se a lógica fosse uma batata diria que estamos perante um PGR filósofo que gosta de silogismos e de sofismas... E/ou que ele não sabe o significado das palavras (o que é mais certo). Quando diz que a TT "dificultou" está a pressupor/afirmar que houve uma acção deliberada, intencional, da empresa para, tendo as gravações, ter boicotado as investigações em nome de um qualquer argumento; por exemplo o do supremo valor da confidencialidade das conversas dos seus clientes.
Afinal o que se passou/passa é que a TT não ajuda(-ou) porque não tem os meios técnicos para ajudar, como o próprio reconhece. Por isso o uso da palavra "dificultou" é absolutamente enganadora e abusiva. Ai a especial apetência de muitos timorenses para serem "confusionistas"... em vez de confucionistas!...
Poder-se-á dizer que deveria ter aqueles equipamentos mas aí entramos num campo armadilhado porque se os tivesse perguntariam logo para que os queriam senão para espiolhar a vida das pessoas...
Afinal tudo isto não passa de mais uma manifestação de algum "ódio" (é uma palavra forte, não é? Mas em vários casos não anda muito longe da verdade) de algumas pessoas à TT e, genericamente, aos investimentos portugueses em Timor --- senão mesmo a tudo o que "cheira" a Portugal.
Este ambiente não é o mais propício num país que nos próximos anos (e per omnia secula seculorum...) vai depender significativamente do investimento estrangeiro.
Enfim, "presa por ter cão, presa por não ter"...
quinta-feira, 24 de abril de 2008
"Governo mainato" (?)
Uma ou duas observações sobre o assunto:
1) pelo menos quanto a isto, a proposta não é novidade; já estamos carecas de a conhecer. Então para quê voltar ao mesmo assunto e proposta sem acrescentar nada de verdadeiramente novo?
2) mais e, quanto a mim, mais grave: RH retoma o (mau) hábito de fazer publicamente propostas para a resolução de problemas que não são da sua esfera de competência. E se o Governo e as Forças Armadas, os verdadeiros responsáveis pelo assunto, discordarem da solução ou, por qualquer razão, não tiverem condições para as implementarem? Neste comportamento parece haver da parte do Presidente uma interpretação das suas funções e das dos outros órgãos de soberania que fazem do Governo um simples "governo-mainato", que está ali para fazer o que ele diz que deve ser feito.
Isto vem na mesma linha da famosa carta/salvo-conduto que emitiu a favor de Alfredo Reinado e que já foi aqui reproduzida, até recentemente.
Trata-se de uma interpretação completamente errada do que são os poderes do PR na RDTL e que só podem resultar da combinação de dois factores: o entendimento de que o país é um suco e ele o liurai e o de nunca ter lido a Constituição que jurou cumprir e defender. Está mal!...
E sabe porque é que isso é da responsabilidade do Governo e não sua? Porque é ao Governo apresentar propostas que serão submetidas a apreciação do Parlamento já que é o Governo e não VEXA que é responsável perante o Parlamento. No fundo, quando está a fazer propostas --- que não são simples propostas como outras quaisquer... --- em áreas da competência do Governo e do Parlamento VEXA está não só a dar ordens ao Governo mas também ao Parlamento. Novamente: está mal!...
É curioso verificar que quanto à forma de desempenhar as funções de Presidente, Xanana, mesmo engolindo em seco ou actuando por portas-travessas, esteve sempre muito mais perto (muuuuiiiitoooo a contragosto...) do que é o papel constitucional do PR em Timor Leste.
Não há aí alguém que explique ao actual PR que Governo não é mainato? E o Parlamento também não.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Então, Salsicha?!...
'Tá lá?!... 'tás a ouvir? Não me digas que deixaste o tal bilhetinho e foste mesmo embora. Bali? Jakarta? Escafedeste-te? Cu-cu! Aparece!...
domingo, 20 de abril de 2008
"Citando o mestre Silva"...
Trabalho preparatório a realizar antes da primeira aula: abjurar e rasgar aquele livre-transito passado ao defunto dizendo:

Feito esse trabalho de casa preliminar, vamos à lição propriamente dita.
Se perguntado sobre coisas que são da esfera de competência de outros órgãos de soberania, nomeadamente o Governo e os Tribunais, um Presidente deve responder qualquer coisa to tipo:
"O que sei é que --- e aqui cito o mestre Silva --- o tempo na Madeira está PERFEITO! P-E-R-F-E-I-T-O! E espero que no Jaco também. E Ataúro, como de costume, tem aquela nuvenzinha em cima. Tão giro! Faz lembrar um acento circunflexo, não faz? Sr. jornalista: olhe que aqui é com um "c" e não com dois "s"! O dos dois "s" é abaixo do sítio onde eu levei os dois tiros! Um por cada "s". Não esqueça! Olha se a palavra tivesse três "s"!... Bolas!...".
TPC: escrever "o tempo na Madeira está perfeito. P-E-R-F-E-I-T-O" 50 vezes! À mão!... Nada de batota com o "copy&paste" do computador!
Fim da primeira lição.
sábado, 19 de abril de 2008
Mais um caso de incontinência de R.Horta!
Senão vejamos o que dizem as agências noticiosas que ele terá dito:
"Ramos-Horta entende que uma solução seria aceitar a readmissão dos rebeldes expulsos há dois anos do Exército. (...) o novo chefe dos rebeldes passou a ser (...) Gastão Salsinha, que afirma que só se entregará a Ramos-Horta [mas] (...) condiciona ainda a sua rendição a integração dos seus homens no Exército sem serem processados.
O presidente afirma que o governo pode aceitar essas exigências, desde que os renegados se submetam ao processo formal de recrutamento."
"Porque no te calas, hombre?!...", como disse o Sr. Rei dos espanhóis, João Carlos. Será possível que em Darwin se esqueceram de o tratar da incontinência verbal? Porque acha que tem o direito de meter o nariz em tudo?!... É narigudo?!...
Se o Governo e as Forças Armadas já estão a tratar do assunto porque não fica caladinho, sentado a um canto, à espera do que acontece? E quando chegar o momento, se ele chegar, então diz de sua justiça, de preferência em privado ao Governo e às F-FDTL.
Não vê que assim só acrescenta "ruído de fundo" ao assunto?!... Não é da sua competência mandar recados ao governo através da imprensa!
Porque não tira umas fériazitas e pede ao Cavaco, ao Sampaio ou ao "Marocas" para lhe darem umas lições do tipo "boas maneiras de um Presidente em 10 lições"?
Caramba! Assim não há pachorra! Deixe de tratar o país como se fosse a sua horta, Horta!...
quinta-feira, 17 de abril de 2008
"Prontes!..." Já percebi tudo! Não aprendeu nada!... Será possível?!...
Ó homem!... Então você faz-me uma coisa destas?!... Não aprendeu nada?!... Então você não recebe no meio das Cinzas o desgraçado do Antonino de Jesus, camponês anónimo de Vatuvou que consegue o verdadeiro milagre de sobreviver (ele mais a sua Eufrázia e um rancho de oito filhos) com menos de 1 USD/dia, e vai receber um tipo que andou aos tiros com um primeiro-ministro do seu país e que era tu-cá-tu-lá com o tipo que fez com que você levasse dois tiros que o puseram mais lá do que cá e que o iam fazendo ver o mundo de cima sem precisar do Google Earth?!... Não me diga que também lhe vai dar cházinho e porradas (desculpe! Enganei-me! Queria dizer "torradas"! Sorry!)?!...
Tá mal!... Não aprendeu a lição, foi? Ficou-se pela página 2, deixou-se dormir e não acabou de ler a lição toda, foi?!... Vai voltar tudo à mesma, é?!...
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Salsiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinhaaaaaa!....
Evolução dos preços do arroz e da gasolina em Timor vs preços internacionais
De notar que o preço do arroz produzido em Timor é quase 50% mais caro que o importado, o que não facilita o seu escoamento e denota alguma rigidez do comportamento dos agricultores face à evolução dos preços.


PS - já depois de escrita esta 'entrada' vi o gráfico abaixo publicado há poucos dias pela FAO, a organização do sistema das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura. Note-se o crescimento muito rápido do preço do arroz (e do trigo!) nos mercados internacionais desde meados do ano passado e particularmente desde o início deste ano (aumentou quase 50% no primeiro trimestre de 2008). Não admira, pois, que a saca de arroz (30kg) já esteja, em Timor e neste momento, nos cerca de 18 USD (0,6 USD/kg; compare-se com os 0,43 de Dez/07).
