quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Macau: casinos, casinos, casinos...

Desde o fim do monopólio do jogo em Macau, detido pela empresa de Stanley Ho até 2002, que aquilo que é hoje a RAEM-Região Administrativa Especial de Macau tem conhecido um significativo crescimento da indústria do jogo. Ele é a "Macau strip" --- na própria península ---, ele é a "COTAI strip" --- no aterro que ligas as antigas ilhas de Taipa e de Coloane, agora definitivamente ligadas entre si...

O velhino Casino Lisboa, outrora a imagem de marca de Macau e do seu jogo, é hoje uma quase relíquia do passado com a sua forma em gaiola, para aprisionar a fortuna no seu interior... Só não o é porque a empresa proprietária (a SJM-Sociedade de Jogos de Macau, de Stanley Ho) decidiu renová-lo inteiramente para fazer face à concorrência.


Desde 2004, quando foi inaugurado o primeiro casino da nova era pós-monopólio (agora são seis as empresas que dominam o mercado), as inaugurações têm-se sucedido e hoje Macau ultrapassou já, de longe, Las Vegas como a maior sala de jogos do Mundo.
Lá se encontra o maior casino (o Venetian, de capitais americanos de Las Vegas) e outros verdadeiros "monstros" na indústria. O último a ser inaugurado, no passado dia 1 de Fevereiro, foi o complexo "Ponde 16" --- do nome da zona do Porto Interior onde está instalado ---, também da SJM.

Entretanto foram já publicadas as estatísticas do jogo referentes ao ano de 2007.
Delas destacamos algumas informações:
a) em parte graças ao sucesso que tem sido o funcionamento do "Venetian", as receitas do jogo em 2007 atingiram o valor record de 83 mil milhões de patacas (mais 26,4 mil milhões --- quase +50% que no ano anterior), equivalentes a cerca de 7100 milhões de euros; b) o jogo mais praticado é o bacará, nomeadamente nas salas VIP. É aí que apostam os ricaços da região, desde Hong Kong a, cada vez mais, a própria China mas também das Filipinas, de Singapura e outros países;
c) Macau, graças ao desenvolvimento desta indústria, já não é apenas a "sala de jogos" dos apostadores de Hong Kong (onde os casinos continuam proibidos) mas também da China Continental e de toda a Ásia Oriental. O que desperta a cobiça de outros países, que se preparam para se lançarem "a sério" nesta indústria (caso de Singapura). Aparentemente os empresários actuando em Macau não temem tal concorrência pois enquanto houver chineses --- danadinhos para o jogo... --- a vida é bela... Seja numa mesa de jogo seja em frente de uma máquina. Umas e outras têm crescido como cogumelos em Macau, crescimento esse que irá abrandar significativamente dentro de cerca de 2 anos, quando estiverem já em funcionamento todos os grandes projectos/casinos/diversões ainda em construção, nomeadamente no COTAI, o aterro entre Taipa e Coloane.

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