segunda-feira, 24 de março de 2008

Desemprego em Timor Leste

Segundo o Timor Leste Survey of Living Standards 2007 publicado em Setembro passado (versão preliminar), os dados sobre a taxa de desemprego que se verifica a nível nacional e em vários agrupamentos de distritos (só as suas zonas urbanas) é como segue no quadro abaixo (devido à sua importância limitamo-nos a representar as duas classes de idade mais baixas):

O referido estudo foi organizado pelo Banco Mundial e pela Direcção Nacional de Estatística.
Notem-se os elevadíssimos valores para a as taxas de desemprego da classe etária dos 15-24 anos nos agrupamentos de distritos que incluem Baucau e Dili, com a taxa do primeiro ultrapassando largamente a do segundo.
De notar que os valores se referem à "taxa de desemprego nos últimos 7 dias por género e idade, para as áreas rural e urbana" do todo nacional e dos vários agrupamentos de distritos.
Esta não é a definição usualmente aceite para desemprego e, por isso, da respectiva taxa. Por isso os valores do quadro abaixo não são comparáveis com estes mas mesmo assim resolvemos colocá-los para haver uma forma de comparação (aproximada) da situação de Timor Leste com a de outros países.Por aqui se pode verificar que, apesar da situação especialmente grave nas zonas urbanas de Baucau e de Dili, a taxa de desemprego de Timor Leste, no seu conjunto, não é "assustadora" --- nomeadamente se comparada com a de outros países.
Há que estudar bem a situação, perceber como se chegou a ela --- e como se transformaram desempregados em "atiradores de pedras" e ateadores de fogo a casas... --- e procurar soluções.
Mas uma coisa é certa: como faz adivinhar a situação em muitos outros países em desenvolvimento, não será fácil arranjar emprego para tanta gente.
E se começassem por dizer isso mesmo à população?!...

1 comentário:

José Antonio Rocha disse...

Não consigo pensar em outra atividade a não ser em obras de infra-estrutura, com o dinheiro do petróleo. Construir hospitais, rede de água, esgoto, energia, escolas, comunicações. Depois, educar para a agroindústria, turismo, pesca. Mais tarde, para a indústria leve e de software. E o que mais o Timor-Leste puder fornecer para os vizinhos.