... "engana-me que eu gosto!..." ?
Referimo-nos às recentes declarações do Embaixador americano em Dili que disse
"(...) nada saber sobre o que se passou a 11 de Fevereiro, nem sequer o resultado da investigação conduzida em Díli por agentes do FBI, a polícia federal norte-americana".
O que vale é que mais adiante e sobre um assunto completamente diferente acrescentou algo que merece a atenção "de quem de direito" (ouviram?!...):
"[Estas crises] "têm consequências muito sérias" (...) [com] um grande prejuízo para o país".
Hans Klemm deu o exemplo de uma intervenção da Millennium Challenge Corporation (MCC) em Timor-Leste. "Trata-se de um dos grandes fornecedores de assistência económica ao desenvolvimento. Os responsáveis da MCC interrogam-se agora sobre a estabilidade geral do país e a capacidade do governo garantir o cumprimento dos critérios exigidos em termos de desempenho político aos países onde a MCC trabalha", explicou.
Para lá de "ajustes operacionais" de vária ordem, disse o diplomata norte-americano, "o que é realmente grave é que um estrangeiro que pretenda fazer negócios em Timor-Leste pensará duas vezes" [ou então é louco, como dizia o antigo Ministro da Economia...].
Numa altura em que se discute a Lei Fiscal e em que esta parece ter como um dos grandes objectivos incentivar o investimento (nomeadamente estrangeiro) através de uma muito (demasiado?) significativa redução da carga fiscal média é bom que as autoridades timorenses tenham em boa conta estas palavras: mais importante para incentivar o investimento que um regime fiscal em que pagar impostos é uma excepção e não a regra é um ambiente político e social (e legal) em que os investidores acreditem.
Quantos anos vão ser necessários para os potenciais investidores recuperarem a confiança num país e em lideranças que o próprio Primeiro Ministro reconhece --- tarde e más horas... --- que "[andaram] um bocado a brincar"?!...
sexta-feira, 11 de abril de 2008
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